Estava conversando com um amigo da faculdade que estava indignado por ter levado um fora da ficante. Revoltado, ele quase berrou pra mim: “o que diabos as mulheres querem, Alice?”. Pensei em responder, mas ele continuou “eu sempre fui legal com ela, carinhoso, cavalheiro e romântico… Não dá pra entender! Se eu fosse cachorro ela ia estar atrás de mim…”. Isso me proporcionou umas horas de reflexão. Acabei pensando com meus botões que para analisar o que as mulheres querem, precisamos dividir esse “querer” em fases.
É, meu amigo, você que está lendo isso agora, provavelmente já se perguntou a mesma coisa várias vezes. O fato é que nós, mulheres, somos exatamente como os homens, temos nossas “fases”. Obviamente que nossas fases são mais curtas, passamos de uma fase para a outra num pulo. Ao contrário dos homens, que em sua maioria, se arrastam anos e anos para passar de uma para outra. Aqui vão elas:
Primeira fase: até os 10 anos – Primeiro ela gosta de ficar no cercadinho e assistir Barney. Depois, está interessada em brincar de Barbie, assistir RBD/HSM, dançar e cantar como a Hannah Montana, testar as roupas e maquiagens da mãe em combinações horrendas… Brinca de correr, de casinha, jogar bola e a grande maioria, tem aversão ao sexo oposto.
Segunda fase: dos 11 aos 13 – Escolhe sua própria roupa, lê revistas do tipo “atrevimento” que tem matérias do tipo “como saber se ele está mesmo a fim de você”. Está interessada em comédias românticas, em ver o horóscopo, faz fofocas sobre quem ainda não “tirou o BV” (quem ainda não beijou). Ainda joga bola, e dessa vez, meninos podem ser incluídos. Passa o dia no MSN, batendo papo com o mais novo paquerinha. Usa esmaltes de cores estranhas, penteados estranhos e nesse momento está rindo da Beltrana que tem muitas espinhas, ainda não menstruou e é BV (poor Beltrana!).
Terceira fase: dos 14 aos 16 – Quer chegar em casa e checar o orkut, facebook, twitter e MSN, para ver se o cara que ficou no fim de semana a adicionou ou não. A grande maioria tem celulares que tocam de 5 em 5 minutos. Mãe e pai são seres estranhos que queimam o filme. Agora não joga bola, vai pra academia (sim, misturada ao sexo oposto). Algumas agora tem peito, bunda e, com sorte, pouca barriga. Trocam de paixonite como quem troca de roupa, qualquer bobeira é o fim do mundo. ET é quem não tem computador, celular e IPOD.
Quarta fase: dos 17 aos 19 – É tempo de curtir! O final do colégio vem acompanhado de todo aquele sentimentalismo e, mais liberdade. Agora é a hora de ficar com o carinha que nunca te deu bola, e de ver os casais mais estranhos surgindo das viagens de fim de ano. É nesse momento de transição colégio–faculdade que ela se desapega de amores do colégio e passa a se apegar a um amor a cada final de semana (sendo boazinha, a cada mês). Nada é muito duradouro nessa fase, nem nós sabemos o que queremos direito, afinal ainda estamos nos descobrindo. Ficamos confusas, sem saber se gostamos mesmo de Fulano, se ele não tá atrasando a nossa vida e nos empatando de curtir nossa juventude… Baladinhas para todo o lado, caras interessantes… ET agora é quem é virgem, e mais ET ainda, quem tá grávida. No final dessa fase notamos uma carência forte e necessidade de um namorado.
Quinta fase: dos 20 aos 25 – Ela está nas baladas, nos barzinhos… Mas, dessa vez, ela não quer uma paixonite de uma semana, ela quer amor. E, existe algo pior pra um homem do que uma mulher querer seu coração? Obviamente que os homens da mesma idade não estão – digamos – preparados para entregar seu coração a ninguém, essa é a melhor época de curtir com os amigos. Então, elas buscam homens mais velhos que tragam um pouco de estabilidade (emocional, principalmente!!). Nota-se no final dessa fase um certo desespero por um relacionamento sério e estável (até apelar pra Santo Antônio tá valendo!).
Sexta fase: dos 26 aos 30 – Amiga, essa é a hora! Se ela ainda não arrumou um namorado, noivo, marido ou amante, chegou a hora de correr! Ela já foi madrinha de casamento de todas as amigas. Sempre que vai ao shopping encontra uma ex-colega de colégio recém-casada com o marido, os dois fazem cara de paisagem quando ela diz que está sozinha, e vão saindo com alguma desculpa boba. Todas as amigas correm para apresentar todos os solteiros que conhecem. Ela só se pergunta: “O que vai chegar antes: o pretendente ou os cabelos brancos?”. ET agora é a trintona solteira. Nota-se no final desta fase um TOTAL desespero para arrumar um marido (dessa vez ela já apelou pra Deus, Nossa Senhora, todos os santos, macumba, padre, anúncio no jornal, pastor, perfil em sites do tipo “procuro um amor”, até programas do tipo “vai dar namoro”- que foi? Se não arrumar um marido pelo menos ela ganha pintura pro cabelo de graça e dá um jeito nos brancos).
Sétima fase: dos 31 aos 40: Ela arrumou o cara, tem toda a certeza que ele é o amor da sua vida! Ficam noivos. Mas, pouco antes de casar, bate a indecisão (claro, somos mulheres!). Ela pensa e repensa, se Clodoaldo é mesmo o amor da vida dela, se ela quer envelhecer ao lado dele, etc e tal. Decide que sim e casa. Alegria, alegria! Nota-se no meio dessa fase um desespero para engravidar. Nessa fase ET é quem não tem filhos (ao menos um).
Oitava fase: dos 40 aos 90 : Os “enta” chegam com toda força! O marido é um verme, um nada-faz, e sobra tudo pra você (ou não, talvez ela tenha um casamento bem sucedido, lindo, romântico…Mas prefiro falar dos do casamento chatos!). Ou ela reclama da falta de sexo, ou está com enxaqueca (vai entender!). Os filhos não param de dar trabalho e ela não entende porque a menstruação da filha mais velha está atrasada dois meses (parece que ao envelhecer, vamos nos esquecendo de certas coisas). O tempo vai passando, seu marido continua verme e inútil no sofá da sala, e os filhos continuam dando trabalho. Nota-se em um momento dessa fase aversão por um netinho, e em outro, desespero por um. Em um certo momento, ela vira sogrona, tia, vó, ex-mulher(ou não!),velha ranzinza, rainha da menopausa, ou quem sabe ainda é o amor da vida de alguém. Depois dos 60, ela passa o dia falando bobagens e tomando chá com suas amigas de longa data, fantasiando como sua geração era melhor e mais saudável. Elas fofocam da Clotilda que ficou viúva, da Josefa que se separou, e da Juvenalda que já está no quinto marido. Nota-se nessa fase, uma grande necessidade de paparicar os netos. No final dessa fase, ET é quem ainda sabe o que é sexo.
Pensei nessas fases me baseando no que vivi, e no que vi por aí. Porque é óbvio que ainda não passei por todas elas. Bom, eu não sei o que querem as mulheres, não posso responder essa pergunta. Desculpe, se você procurava respostas, mas acho que o gostoso da conquista é você descobrir sozinho o que cada mulher quer. Afinal, eu posso até ter feito uma “regra geral” das fases, mas cada mulher tem suas particularidades. Quando falamos em seres humanos, não tem uma regra que não tenha exceções. Talvez muitas mulheres se identifiquem com muitas coisas no texto, mas nenhuma vai se identificar com tudo. “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” e “cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar”.
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