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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Palpite.

-Poxa, Ceci, não mereço nem um abraço?
-Ainda não acredito que você esta aqui, Peu.
-Sou tão fuleiro assim?
-Não é isso, é que eu já tinha um palpite sobre você vir me ver…
-E qual seria? – ele fala com um grande sorriso nos lábios.
-Tou com saudade de você, na varanda em noite quente… – e ela pausou pensativa.
-Continue a música… – ele falou divertido.
-Naah… A parte seguinte soaria como uma indireta pra você… – ela falou fingindo estar chateada.
-E porque você se lembraria de mim com essa parte?
-Te conheci no verão, naquelas noites em que não se tem nada pra fazer, além de tomar uma cerveja gelada e conversar… E a primeira parte só adquiri por culpa sua.
Ele ficou rindo, e ela acabou rindo tambem.
-O que te traz aqui?
-Nada de especial, tava passando e resolvi vim ver teu sorriso.
-Kkkkkkkkkkk… sempre essas cantadas ridiculas?
-Não posso perder uma boa oportunidade…
-Como vai o coração?
-Bem complicado como sempre… Afinal quando ele foi simples?
Uma troca de olhares significativa, um sorriso sincero dele, faz com que ela sorria tambem, e ambos ficam admirando a aura que mantém sorriso e olhos sincronizados.
-E o seu? – ele resolve quebrar o silencio mágico.
-Mesmo de sempre… – um suspiro de contentamento, e um muxoxo de falsa decepção – cheio de cafajestes atraentes demais para eu deixar passar, e ridiculos demais para eu deixar que eles fiquem…
-Sempre insatisfeita… Tenho certeza que várias mulheres queriam estar no teu lugar…
-Ah claro, até parece.
-Você sempre reclama de barriga cheia, Maria Cecilia.
-Nem sempre, Pedro Henrique.
Ele deu uma risada e se começou a jogar conversa fora, era assim sempre, entre os dois… Conselhos, desabafos, risadas, cantadas, foras, mais cantadas, vacilos, risadas, e carinho, bastante carinho.
-Tu é única… A única que resiste sempre, a todas as cantadas…
-Eu sei, tenho apreendido a lidar com cafajestes há muito tempo…
-Ainda vou te roubar um beijo… – ele falou como quem comenta que o clima está agradável.
-Hoje não. – ela respondeu com a mesma naturalidade.
-Esse teu ‘não’ nunca funciona – ele diz sorrindo e morde a orelha dela.
-Sempre assim, ridículo – ela lhe da seu olhar de desprezo mais convicente e empurra o peito dele, mas não com força o bastante para mandá-lo para longe, apenas para impedi-lo de ficar ‘perto demais’.
-Eu adoro isso… – ela lhe desfez o olhar de desprezo por um olhar de curiosidade – esse teu conflito, entre manter a pose de dificil, e se deixar levar pela vontade…
-Vê se me erra menino…
-Não posso, também tenho um paplpite… – ele fala com um sorriso malicioso.
-Ah é? – ela deu uma risada – e qual seria?
Ele chega mais perto dela, ao ponto de suas bocas (com sorrisos desafiadores) ficarem a centimetros de distancia.
-O amor pode acontecer, de novo pra você, palpite. – e lhe roubou um beijo, como tinha que roubar.
-Eu disse que ia roubar…
-E você tinha que estragar o momento… – ela falou rindo e após esmurrar o braço dele.
-Se eu não estragasse, não seria eu, não é verdade?
E ela respondeu com outro beijo.

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