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domingo, 3 de abril de 2011

Sexo, Amor e Traição

E aí, vamos ao que interessa… Sexo, Amor e Traição… Essa é uma questão um tanto quanto… Delicada.
Sim, delicada, é a melhor palavra pra descrever a situação. Por mais que o brasileiro seja ‘safado’ etc e tal, ele ainda é meio acanhado quando o assunto é o Sexo (por isso programas que falam abertamente sobre o assunto fazem tanto sucesso).
O problema maior, ao meu ver, é que existe um conflito entre o pensamento do cromossomo Y e do segundo cromossomo X. Os homens acham o sexo algo natural, essencial e prazeroso (desde a primeira vez); As mulheres acham algo vergonhoso, sem necessidade e doloroso (nas primeiras vezes). E aí que está o conflito.
Por exemplo, o amor da certo sem sexo? Não.
Simplesmente não tem como, mas cedo ou mais tarde o sexo tem que entrar no meio, pra ajudar ou estragar tudo.
Conheço uma história que exemplifica muito bem isso. Na verdade ela corresponde muito bem ao título do post “Sexo, Amor e Traição”.
Um amigo meu (vou chamá-lo de J.), namorava uma garota mais nova (a quem vou me referir por L.), e realmente gostava dela. Não vou dizer que era amor, porque pra mim amor é algo eterno, mas digamos que era um embrião de amor.
Antes de conhecê-la, ele era daqueles cachorros safados, que pintavam e bordavam (e se que é possível ainda iam lá e rasgavam). Não tinha escrúpulos nem sentimento por nenhuma mulher, até conhecer a doce L. Ela tinha seus 15 aninhos, tão doce, ingênua e bem bonitinha, ele estava no auge dos seus 20, e não teria olhado duas vezes praquela ‘pirralha’ se não fosse o carnaval. Ironicamente J. ficou com a irmã de L. no carnaval, e L. com um amigo dele, mas após o carnaval eles passaram a conversar, e ele, sem perceber, a se interessar demais.
Meses de conversa, até que ele (que não morava na mesma cidade que ela), decidiu vir vê-la, fiacre. Tudo certo né? Não. Ele se apaixonou, e ela também. E aí ele começou a vir com mais frequência para encontrá-la, etc e tals. Após um mês e pouco eis que começa o namoro.
Ele ‘deixou’ de ser cachorro, mas quem disse que parava de aparecer ‘colo’ pra ele? E até então ele resistia o máximo que podia, jurando pra si mesmo e para Deus, que não precisava daquilo, que tudo que necessitava estava com L. Mas aí veio a crise… Ele precisava do tal do sexo, ela não podia suprir suas necessidades… Vocês sabem como isso terminou. Um par de chifres bem bonitinho, um arrependimento horrível, L. quase fraquejando em dar à ele uma segunda chance…
O importante é… Que após uns dois meses eu me encontrei com umas amigas de L. (no carnaval, por acaso), e estavámos conversando sobre o assunto, todas elas xingando o coitado do J., e eu calado, na minha, daí uma das garotas por quem eu até estava interessado me pergunta:
-E tu, Tôp, tu acha que J. fez ta certo?
-Não. – eu pensei calmamente em como responder – Traição nunca está certo, porém, ele tem uma desculpa…
-Homem é tudo cachorro! – ela concluiu antes que eu pudesse terminar minha interpretação dos fatos.
-Não é isso. Eu disse que ele tem uma desculpa, não uma justificativa. – ela pareceu prestar atenção no que eu falava – J. gostava dela, ainda gosta, acho. Mas ela não supria o que ele precisava, e aí ele traiu, não por ter uma má indole, mas porque precisava. Mas como já disse, traição não tem justificativa, eu entendo porque ele traiu, mas não aceito entende?
E pronto. Ela aceitou calada, me observando, e provavelmente refletindo se eu era cachorro como J. e estava falando aquilo só pra poder conquistá-la, ou se eu realmente pensava aquilo.
Como disse, é tudo ponto de vista. Todo homem entende o motivo de J., a maioria considera ele ‘inocente’ (afinal quem não poderia passar por uma situação dessas?). Toda mulher repudia a atitude J., ele é cachorro safado e pronto! (pois, se ele gostava dela deveria tê-la esperado!).
Eu fico no meio do caminho, entendo o que J. fez, mas não o inocentaria, o condenaria apenas a uma pena mais branda, porque meu pensamento é esse: se você vai trair, é melhor acabar antes (nem que seja com uma ligação covarde).

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