Você quer aquele carro apenas por ele ter a melhor propaganda. Você usa esse penteado, e essa cor de cabelo, apenas porque sua amiga disse ‘homens gostam mais de loiras’. Você respira a propaganda, engole o gosto dos seus amigos, rejeita os conselhos dos seus pais e simplesmente vai mudando seu jeito de ser.
Lembra da semana passada quando reecontrou aqueles amigos dos tempos de escola? Tudo tão diferente, mal havia encontrado com eles e já queria se afastar. Porque será que isso aconteceu? Claro que eles também mudaram, mas você foi quem mudou mais.
Você muda por que você quer, ou você muda por que disseram que era melhor mudar? Quem é você? É mais uma maria vai com as outras? Ou aquela do contra? Sabe como saber? Só se olhe no espelho e pergunte se foi por você mesmo que escolheu seu look, ou se foi alguém, ou uma revista da moda?
A mudança é natural, todo ser humano tem que mudar; até porque em cada relacionamento ele absorve e doa algumas caracteristicas para a outra pessoa, porém o principal, a base, o alicerce, nunca deveria mudar; os seus príncipios deveriam ser constantes, a não ser que seu principio seja ‘se adequar ao novo ambiente’.
Você pode escolher sua música, mas acaba aceitando aquela que toca na boate e no rádio o tempo todo. Você pode cozinhar sua comida, mas prefere ir até uma lanchonete cheia de junk food, ou seguir uma dieta milagrosa que não tem efeito nenhum. Você pode parar de falar com aquele namorado da sua amiga que não gosta, mas você simplesmente continua a falar, e aceitá-lo para não dar em confusão.
Você pode beijar o melhor amigo daquele seu ex idiota, ou apenas ficar na paquera de olhares, se frustrando por não poder fazer aquilo que você realmente quer. Você pode não beber cerveja, pois tem um gosto ruim, mas bebe para acompanhar a mesa. Você pode ficar embreagada com uma cachaça barata, mas não o faz por temer o que falaram de você.
Sem perceber, o seu ‘querer’ se tornou o das pessoas que lhe rodeiam, e ai? Você parte de casa para o trabalho, do trabalho para faculdade, da faculdade para casa, sem demonstrar nenhum sorriso verdadeiro. Sem saber como sua vida tomou aquele rumo, faz tudo de uma forma tão mecânica que esqueceu o que lhe fazia sorrir de verdade, no processo dessas mudanças da moda.
Você muda seu beijo; você muda seu endereço; muda seus peitos, seu cabelo; o sorriso e os príncipios; o perfume e a vocação. Muda tudo para poder alcançar uma perfeição, que na verdade, não vai servir pra você nem para ninguém.
Se você quiser mudar, pode mudar, mas não é melhor mudar por que você quer? Mude porque você gosta, ou simplesmente porque sentiu vontade, e não por ter visto isso! Apenas faça o que lhe der na telha, e não o que disseram para você!
A moda é algo bom; ela nos mostra qual o gosto geral de todos, ou de uma liderança; é algo bom para se seguir, mas não totalmente. A moda é boa, ela existe para ser observada e admirada, não seguida ao pé-da-letra. Não queira ser um esteriotipo da moda. Homens, de fato, se importam basicamente com o recipiente, mas lá no fundo, eles são carente por conteúdo.
Se continuar assim, vai acabar mudando sua casa; mudando seu sexo, mudando seu marido e amigos. Você muda você, e quando vê, nem é mais você.
Você muda a cada segundo, e é uma pessoa diferente com cada pessoa que anda, isso é inevitável; pois esse tipo de mudança você não controla, simplesmente acontece. Mas nunca esqueça daquilo, ou daqueles que lhe fazem sorrir, que lhe faz querer levantar da cama pra encarar mais um novo dia numa rotina nem tão animadora assim.
Cuidado para não mudar demais, tente mudar apenas quando necessitar, se não, nem mesmo você se reconhecerá após algum tempo. Afinal, você é um ser humano e não um camaleão.
Mude. Just do it. Porém não pela propaganda, apenas pela vontade de voltar a dançar ciranda.
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