É como dizem por aí: “apaixonar-se é fácil, o difícil é reapaixonar-se”. Nunca essa frase fez tanto sentido pra mim. Sabe quando você acaba um relacionamento e tem certeza de que não tem volta? Pois é, aconteceu comigo. Tive um namorado na época de colégio mas, por diversos motivos, não deu certo. Achava que o fim era definitivo, já que eu tinha pedido pra voltar duas vezes e ele não quis.
Tudo conspirava contra, não temos muitos amigos em comum, não estudamos mais juntos e raramente nos vemos. Eis que dois anos depois, ele me surge dizendo que ainda gosta de mim e que só se deu conta disso agora. Disse que depois de se relacionar com muitas outras pessoas, percebeu o quanto era especial o que sentia por mim e o quanto sentia minha falta. Lembro de ter ficado sem acreditar muito no que estava acontecendo. Afinal, dois anos é bastante tempo!
Mas, percebi que tudo que ele disse mexeu muito comigo. Meu coração parecia que ia pular do peito só de ver ele! Era como se os sentimentos todos estivessem voltando de uma vez só. Minha cabeça estava uma confusão com esse excesso de informações e meu coração “dando tilt” com esse excesso de sentimentos. Percebi que deveria tentar mais uma vez, segui meu coração meio às cegas, já que minha cabeça permanecia uma confusão.
Quanto mais tempo passava com ele, percebia que estava me reapaixonando. Como é bom se reapaixonar! Apaixonar-se é bom, mas reapaixonar-se pode ser melhor ainda. Ao tentar novamente, depois de um tempo e de outras bocas, outros corpos, outras mentes e problemas, você acaba percebendo uma certa imaturidade nos seus atos. Percebe também que os defeitos do outro não eram tão ruins como você pensava na época. Lembra de coisas que o outro fazia e que você gostava tanto. O bom é que nós amadurecemos, não vamos repetir os mesmos erros. E você passa a reparar em coisas que antes não tinha reparado. Redescobre o perfume gostoso, o beijinho no cangote que só ele dá, o carinho, o abraço apertado, o jeito de segurar sua mão, de falar bobeira e rir com você, e muitas outras coisas.
Alguns especialistas dizem que a paixão faz com que a gente perca a individualidade e, muitas vezes, o raciocínio. Para eles, apaixonar-se é idealizar. Idealizamos e quando as borboletinhas no estômago se acalmam, essa idealização desaparece e percebemos a realidade, a paixão vai se transformando em outro sentimento: amizade, abuso, amor, indiferença… Ou qualquer outro que só um legítimo ex-apaixonado pode entender. Concordo até certo ponto.
Mas se um dia o amor existiu, ele continua guardado lá dentro do coração, talvez bem no fundo. Para, quem sabe, um dia voltar à vida através do grande ressuscitador: a paixão. Você acredita que podemos nos reapaixonar pela mesma pessoa várias vezes? Esse é o ponto mais importante: o amor precisa da paixão assim como nós precisamos do ar para viver. O amor é um reapaixonar eterno.
Mudamos o tempo todo, a vida nos faz mudar… Passamos por muitas coisas com uma pessoa, e de acordo com a maneira que ela vai lidar com cada situação, descobrimos um novo Fulano. E aí, nos apaixonamos novamente por ele, ou não. E são poucos os amores que duram a vida inteira, porque é raro você amar todas as faces de alguém (da mais cruel à mais doce). E para mim, está no apaixonar-se por essas mil faces do outro que está o amor verdadeiro, dos mais lindos, doces e puros que existem.
Podemos nos reapaixonar pela mesma pessoa, uma, duas, três… “n” vezes. Em um curto espaço de tempo, ou longo. Com distanciamento, ou sem. A paixão é que nem uma plantinha, só sobrevive se der carinho, adubar, regar todos os dias… Enfim, se souber cultivar, assim como os outros sentimentos.
Duvido que tenha alguém que acorde todos os 365 dias do ano morrendo de paixão pela vida, pelo marido, cachorro, amigos, pais, sogra, namorado, filhos, mãe, papagaio… ou até por nós mesmos. Não é todo dia que contamos com o combustível da paixão (aquele que nos faz cantarolar Beatles no banho, ter vontade “de mandar flores ao delegado, de bater na porta do vizinho e desejar bom dia, de beijar o português da padaria”, sorrir sem qualquer explicação e ter aquele brilho nos olhos). Mas, não só podemos como devemos, diariamente nos reapaixonar pela vida, marido, cachorro, amigos, pais, sogra, namorado, filhos, mãe, papagaio… e por nós mesmos. Todo mundo precisa de paixão para viver, independente de que tipo de paixão seja.
É por isso, caros leitores, que eu vos digo: Reapaixonem-se! Só assim que a gente consegue perceber a mesma pessoa de outras maneiras, e melhores, muitas vezes. Aqui entra a grande idéia de inovação! Não tenha medo de inovar o conhecido, assim nos lembramos o quanto pode ser gostoso curtir um “remember”. É brincar de quebra-cabeça e reencaixar o que já encaixava. Quase como um ode ou brinde à saudade.
Amigo, tá faltando paixão na sua vida? Tenha paciência, já dizia Benjamin Franklin: “Quem tem paciência, obterá o que deseja.”. Mantenha seu coração sempre aberto para que a realidade possa te reencantar. Os sentimentos não tem regras, não são imutáveis, porque a própria vida não é imutável. As pessoas que mudam todos os dias, conseguem sentir coisas novas todos os dias. Um dia você pode estar desiludido, mas por favor, espere. Com certeza, o outro dia que você vai se reapaixonar pela vida virá. E pode acreditar em mim, melhor que apaixonar-se é reapaixonar-se, na maioria dos casos.
- Um filme que indico “De repente é amor”(A lot like love): Além do filme ser lindo, tem uma trilha sonora ótima que inclui Brighter than sunshine – Aqualung.
- Comercial Seda: “Apaixonar-se é fácil, qualquer um se apaixona. O que realmente é difícil, é reapaixonar-se. Redescobrir-se numa amanhã sem que nada especial tenha acontecido. Cada mulher tem uma forma de conseguir… Conseguir ser vista, apesar do caderno esportivo do domingo, dos filmes de ação. Transformar uma briga, em uma risada. E provocar um: “ai que linda é a mulher com que eu durmo todas as noites”. Xuxu, nenein, xuxuzim, pituco, princesa (…) Porque olhar-se é facil. Mágico é olhar-se de novo.”
- Comercial Seda: “Apaixonar-se é fácil, qualquer um se apaixona. O que realmente é difícil, é reapaixonar-se. Redescobrir-se numa amanhã sem que nada especial tenha acontecido. Cada mulher tem uma forma de conseguir… Conseguir ser vista, apesar do caderno esportivo do domingo, dos filmes de ação. Transformar uma briga, em uma risada. E provocar um: “ai que linda é a mulher com que eu durmo todas as noites”. Xuxu, nenein, xuxuzim, pituco, princesa (…) Porque olhar-se é facil. Mágico é olhar-se de novo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário